Embora o Wine (a camada de compatibilidade que faz boa parte da mágica acontecer por trás do Proton, da Valve) possibilite a execução de jogos e aplicativos mais recentes do Windows no Linux, softwares mais antigos podem acabar se tornando mais uma dor de cabeça, com seus bugs ainda precisando ser solucionados.
Quando se trata de rodar jogos desenvolvidos com o DirectX 12, quando somado com soluções como o VKD3D-Proton, o Wine não deixa nada a desejar, mas relíquias antigas sempre acabam apresentando algum problema, como é o caso do game “Nuclear Strike”, publicado pela primeira vez em 1997 para o Windows 98.
Na tentativa de retirar mais um bug da lista de problemas conhecidos do Wine, Elizabeth Figura, da CodeWeavers, está empenhada em fazer o jogo Nuclear Strike rodar no Wine. Este jogo do Windows 98 depende de acesso VGA direto, mas atualmente existem alguns problemas do jogo com o Wine devido à sua forma de acessar diretamente a memória de vídeo.
Para tentar solucionar o problema, Elizabeth iniciou uma discussão com os desenvolvedores do kernel Linux, além de pedir que a emulação SGDT (Store Global Descriptor Table) seja melhorada para que possa ser usada pelo Wine.
Quando se trata de processadores mais modernos da Intel e AMD com suporte para User Mode Instruction Prevention (UMIP), lidar com a emulação SGDT com o Wine é uma tarefa muito mais fácil do que com processadores Intel/AMD sem suporte para UMIP.
A Elizabeth trouxe este fato à equipe do LKML para descobrir melhores maneiras de lidar com a emulação SGDT para que finalmente este jogo de 1997 (e possivelmente outros games e aplicativos que dependem do mesmo recurso) possa funcionar no Linux com Wine ainda este ano.
Até que uma solução seja encontrada, para aqueles com processadores AMD (Zen 2+) e Intel mais recentes com suporte a UMIP, há um caminho a seguir para fazer com que a emulação SGDT potencialmente permita que o jogo Nuclear Strike funcione bem no Linux em 2024.
Se você deseja acompanhar a discussão, não deixe de conferir o tópico na lista de discussões do kernel Linux via lore.kernel.org.
FONTE: Phoronix
